quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Minhas memorias emocionais de Buenos Aires - Parte 1 - Introdução

Existem vários que me perguntam de onde vem esse meu verdadeiro amor pela Argentina e por Buenos Aires que custa a muitos acreditar. Seria inútil explicar-lhes que o meu amor pela capital da Argentina só pode ter vindo pelo amor à uma pessoa e ao amor que vive por todas aquelas ruas, lugares e situações.
Não vivi aquela cidade e país como um turista (isso fiz muitos anos antes) mas como alguém que foi feliz por ser e por estar. O turista tem memórias, tenho memórias e sentimentos ; para turistas as ruas e os lugares são lugares onde estiveram, para mim são lugares donde nunca saí; para o turista, já foi, eventualmente se volta, acabou mas para mim, eu nunca voltei, sigo lá, sei descrever as pedras que pisei em San Telmo, a praça do horror em Arroyo e Suipacha, o sabor do yogurt, do leite, da carne, do pão, a força do sentimento que se construiu e, mesmo sem já existir, está e estará.
A conexão , portanto, é a conexão de quem foi e é feliz pelo que viveu e viverá porque sempre vou estar em coração e , se Deus permitir, estarei em corpo sendo que por mim estaria mas algumas linhas traçadas diferentes adiam os planos.
Seja como for, as minhas lembranças serão sempre tingidas de um amor que é meu mas sei que é de muitos e é bom que assim seja porque não me dá a tentação egoísta de achar que isso é original ou meu próprio. 

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