sábado, 10 de novembro de 2012

Dicas em Buenos Aires: Miles Discos







Honduras, 4192, Palermo, Buenos Aires, República Argentina.

Se forem para lá e, principalmente, se são um daqueles que adora ir à loja de discos, como eu, uma sugestão: não deixem de ir à esse endereço.
Talvez seja uma daquelas "disquerias" que se passe muuuito tempo, com um acervo fantástico! No entanto, recomendo ir quando não haja tantos turistas e pode-se desfrutar do acervo sem atropelos.
Para mim foi um encontro com o rock argentino, tendo comprado os CDs de Spinetta, Seru Giran e por aí vai. Eles tem site na internet mas vale a pena ir lá.
Fica a dica! 

Site na Internet: 

domingo, 4 de novembro de 2012

Museo Evita - Anotações de uma visita

O Museu Evita
Este blogue tem uma curta trajetória e, ao menos por enquanto, nenhuma postagem custou tanto a sair. Cheguei da Argentina em princípios de agosto e muitas visitas forma impactantes mas nenhuma como a visita o Museo Evita, uma casa que poderia estar perdida na Rua Lafinur mas reveste-se de uma mística digna da ex-primeira dama, ou para fazer jus à idolatria que os argentinos atribuem à Evita, a eterna primeira dama do país de nossos vizinhos.
Maria Eva Duarte de Perón é uma figura que inspira amor e um ódio que soa quase incompreensível à nós brasileiros dentro da perspectiva que nem chega a aproximar-se do caráter passional dos argentinos. Lá, acostumem-se , a imparcialidade, aquela que afasta de posições, é mal vista, corta a possibilidade da divergência e do debate, tão caro numa roda de conversa.
Evita morreu jovem, de câncer e teve tempo de fazer uma obra que perdura até hoje e sua figura ultrapassou os limites da história para ser um verdadeiro mito que ultrapassou os anos sendo que muito está expresso com maior ou menor exatidão no museu.  Não é demais lembrar que quando conta-se uma história não há um recorte absolutamente "correto" e historicamente cem por cento perfeito.
Note-se , por exemplo, a sua origem: a mãe de Evita, Juana Ibarguren, foi amante de Juan Duarte e dessa relação nasce Eva. filha jamais reconhecida. Quem não conhece a história e visita a sala do 1o. andar tem uma visão equivocada de que havia alguma relação socialmente aceitável dos pais de Eva apesar de ressaltar o esforço hercúleo que Juana faz para prover a educação e os meios necessários para a jovem que transferiu-se com a mãe primeiramente para Junin e depois para a própria Buenos Aires e foi aí que o destino criou todas as condições para que o encontro com Perón encontrarem-se.
Entrada do Museu
Esse momento viria no bojo de uma carreira muito bem sucedida na rádio, o grande veículo de comunicação de massa e que fez de Evita uma estrela , a projetou nacionalmente e , acontecendo a primeira catástrofe, um terremoto, o auxílio em levantar provisões para minimizar o infortúnio o que a proximou do Ministro do Trabalho e Provisão, Juan Domingo Perón, um encontro enunciado pela própria Evita como uma mudança radical na vida dela, trajetória documentada por fotos , revistas, sons  e luzes.
A figura de Evita "capitana" é construída na base da complementariedade em relação à Perón, e aqui faço uma tese ousada mas que para mim é válida, consumada na "consigna" 
"Perón cumpre, Evita dignifica", distinguindo de um lado o institucional e o mais próximo dos "descamisados" , aproximando Evita do povo e trazendo consigo a figura de Perón, tornando indissociável a dobrada que só não se consumou institucionalmente porque ela já se encontrava muito doente quando foi proposta a fórmula "Perón-Perón".
Os vestidos de Evita
O grande "frisson" é a coleção de elegantíssimos vestidos que compuseram um guarda roupa digno de alguém que representava um país que queria ser visto de forma diversa. Como as fotos dessa postagem revelam são trajes maravilhosos e ainda deslumbrantes.
Que ninguém, todavia, engane-se quem imaginar Evita como uma pessoa frívola e superficial, ao contrário, era uma pessoa obstinada e determinada na sua tarefa de auxílio e promoção social.
A própria sede da Av. Lafinur era uma casa de trânsito onde mulheres que vinham à Buenos Aires cuidar de suas tarefas e não tinham onde hospedar-se e o retrato desse trabalho está expresso na última sala que conduz à saída do museu, o retorno à primeira sala ou à lojinha do museu onde pode-se comprar a principal obra da própria Evita, um verdadeiro "testamento" da primeira dama, "La Razón de mi vida" e um café, verdadeira instituição buenoairense que  em um dia de frio como foi o que visitei o museu , é um descanso muito bem vindo.
... Evita dignifica
Dessa visita talvez eu saia com dois sentimentos mais do que conclusões: é muito difícil para nós brasileiros entendermos o mito Evita. O nosso desenvolvimento social e econômico foi extremamente diferente do argentino e, apesar de semelhante, a exclusão argentina foi aprofundada pelas características de isolamento de muitas comunidades, entre outros fatores.
A própria características das obras assistenciais na Argentina na década de 1940 , época que Evita surge no cenário argentino e mais, o preconceito que a condição pessoal de Evita inspira entre a elite "patrícia" que a desprezava e também , á meu juízo, o papel central que Evita cumpre no peronismo. 
Se é verdade que ela não tem, como já dissemos, o poder político, ela tem a a proximidade do povo por trazer o conforto e o alcance das obras do Estado argentino que se encontravam distante do cidadão comum e que guarda em sua memória, até hoje, os benefícios que recebeu. 
Tenho um amigo argentino que me conta com indisfarçada emoção o "kit" de materiais escolares que recebia da Fundação Evita. 
Portanto, avaliar o papel de Evita é ter em conta tudo o que foi feito em uma vida tão curta e tão intensa, tipicamente argentina.

Serviço:

Localização: Lafinur , 2988 - Buenos Aires
Telefone: +54 11 4807-0306

Como chegar:

Metrô (Subte): Linha D, estação Plaza Itália (pela Av. Santa Fé)

Ônibus (coletivos): 12, 29, 36, 39, 55, 68, 111, 152 (pela Avenida Santa Fé), 10, 15, 37, 41, 59, 60, 64, 93, 95, 108, 118, 128, 141, 160 e 188 (pela Avenida Las Heras). 

Horário do Museu

Terça à domingo  das 11 as 19 horas com entrada até 30 minutos do fechamento.

Não abre às segundas-feiras, 1o. de janeiro, 1o. de maio, 24, 25 e 31 de dezembro

Ingresso:

Entrada geral:  15 pesos
Com visita guiada: 35 pesos

Site: http://www.museoevita.org
Informações: info@museoevita. org

Dispõe de loja e restaurante/bar

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Um pouquinho de orgulho nacional (brasileiro) até que cabe né?

Em minha última viagem à Argentina voei os trechos Guarulhos - Aeroparque (B.Aires) e Aeroparque (Buenos Aires) - Aeroporto El Plumerillo (Mendoza) e suas respectivas pernas de volta em aviões Embraer 190, operados aqui no Brasil por empresas como a Azul.
Não disfarcei o orgulho de voar nesses nossos aviões operados pela Austral, empresa que compõe a Aerolineas Argentinas. O orgulho, em primeiro lugar, de voar em um avião projetado por nossos engenheiros aeronáuticos e saber que são operados por uma empresa que sempre me prestou bons serviços.
No Youtube achei esse vídeo de um vôo saído de Aeroparque (B.Aires) até Neuquén. Para ter uma idéia do trajeto, vejam o mapa da divisão política da Argentina publicado na postagem anterior. Espero que gostem!


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O passado de Buenos Aires em fotos aéreas

Retiro, próximo de minha "residência" porteña, ao 
redor de 1925
Publicou-se no "La Nación" uma reportagem interessantíssima acerca da aventura de dois jovens aviadores e aventureiros (assim os qualifica o jornal) Juan Bautista Borra e Enrique Broszeit que nos anos 20 e 30, nos precários aviões da época realizaram uma série de fotos acerca de Buenos Aires e entorno, além de cidades do litoral que encanta quem conhece a atualidade dos lugares e que vê, hoje, os reflexos da grandeza argentina da época.
Diga-se de passagem que , segundo "La Nación" tanto Borra como Broszeit não eram pilotos: "Inciando-se como assistente do piloto inglês Sydney Holland, Borra tirou as primeiras fotos subindo no costado dos pequenos aviões de dois lugares da época. A década de 20 estava em sua metade e Broszeit também dava os primeiros passos na fotografia aérea".
Foi nessa época que ambos inciaram uma amizade que gerou uma obra de incalculável valor mas que não foi utilizado como meio comercial pela família que , á partir de uma apresentação no Congresso da História da Fotografia" em Rosário no ano de 2006, deu ampla divulgação ao acervo na internet através do site Histamar (para entrar clique aqui) onde pode-se desfrutar lindíssimas fotos antigas que merecem uma visita cuidadosa. Fica a dica.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

12a. Expo Viños y Bodegas - Buenos Aires - 12 a 15 de setembro

No próximo dia 12 de setembro até o dia 15, acontece em "La Rural" (Avenida Santa Fe, 4201 - Buenos Aires, a 12a. edição da exposição Viños e Bodegas e a 8a. Ronda de Negocios Internacionales Setor Viños - 2012 voltada essa última as "tradings" de vinhos que desejam ter contato com vinícolas argentinas e a primeira, aberta ao público.
Segundo o site da Expo Viños y Bodegas (http://www.vinosybodegas.com.ar) a edição desse ano contará, em adição às atrações das edições anteriores, com um novo setor especial para produções limitadas de espumantes, armazém de vinhos com exibições especiais e também degustação dos principais produtores de aceites argentinos no novo espaço chamado "Paseo de las Olivas".
Para quem aprecia vinhos e para os que estejam na capital argentina, é uma preciosa oportunidade de travar contato com o vinho que vem conquistando cada vez mais respeito e espaço nas principais adegas do mundo.

Serviço:

Expo Viños y Bodegas 2012
Quando? de 12 a 15 de setembro das 18 a 22 horas
Onde? La Rural - Avenida Santa Fe, 4201 - Plaza Itália - Palermo - Buenos Aires
Custo: 120 pesos argentinos por pessoa
Venda de ingressos: bilheterias ou http://www.ticketek.com.ar

Site da Exposição: http://www.expovinosybodegas.com.ar

(Fonte das informações: site do evento)

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Leituras argentinas - Lagrimas de Hielo -Natasha Niebieskikwiat

Ninguém em são consciência pode pretender que uma guerra seja um momento de exercício estritamente profissional como cada um de nós faz em seu dia a dia. Mesmo em uma tropa altamente profissionalizada, que sabe o que tem pela frente, o princípio básico que rege o dia a dia das tropas é o da sobrevivência.
Como já foi dito, primeiro por si e por sua sobrevivência e depois pela Pátria e pela honra e, por mais paradoxal e inconfessável, esse é o princípio que rege a "diplomacia por outros meios" como diria Clausewitz ao referir-se à guerra. 
No caso desse livro em particular, Lagrimas de Hielo (Lágrimas de Gelo) da jornalista argentina Natasha Niebieskikwiat, não seria tão absurdo considerar o que se relata como um exagero mas, infelizmente, não é. E as denúncias são gravíssimas como poderá se ler.

A GUERRA A TRAVAR E AS TROPAS ARGENTINAS

A questão da motivação para ir às Malvinas são objeto de discussão dentro da própria Argentina, com alguns (maioria) defendendo que a invasão deveu-se à um impulso de manutenção da ditadura argentina que estava com problemas graves na economia e já com contestações graves de ambos os aspectos e outros como Nicolás Kasanzew que não associam diretamente à tentativa de preservação da ditadura mas sim à concretização de um reclamo argentino que tinha se prolongado por mais de vinte anos e que estava, ao menos na fase da intenção, a ponto de se concretizar.
O chocante livro de Natasha Niebieskikwiat
No entanto, por mais tempo que tivesse para ser  pensada e planejada, o que se viu foi uma tropa majoritariamente de conscritos, ou seja, pessoas que estavam prestando o serviço militar obrigatório, com diversos graus de instrução, normalmente sofríveis, já que a classe de 63 estava incorporada a pouco tempo e a classe de 62, com muitos já fora dos quartéis, os chamados "chicos de la guerra" foram mandados, alguns informados em última hora, foram despachados para ilhas inóspitas, próximo ao inverno, com temperaturas baixo zero.
O chamado "cálculo estratégico" que nem era cálculo e muito menos estratégico, é que os Estados Unidos  ficariam neutros e a Inglaterra não reagiria, ou seja, a principal potência com passado colonialista,  deixariam para lá um território que ocupavam e suportariam ver suas tropas Royal Marines com o rosto no chão e rendidas. 
Sobretudo, o governo de plantão em Buenos Aires esqueceu-se que Tatcher também estava passando um momento político e econômico extremamente delicado e à ela conviria ter um momento de união nacional? Porque não uma guerra ou como diriam os Buzzcocks, "Let´s start a war, said Maggie one day". Estava tudo pronto para a tragédia.

CORTANDO OS SUPRIMENTOS E GERANDO CASTIGOS

As tropas argentinas foram dispostas pelo continente, em diferentes locais, alguns de acesso muito restritos, para fazer frente à uma possível resposta inglesa. Quando essa se efetivou,  o afundamento do ARA General Belgrano e o cerco aéreo feito pela RAF, cortou as linhas de suprimento tanto de armamento mas principalmente de comida e roupas para as tropas já estabelecidas, em grande número.
Obviamente, com esse estrangulamento, a maioria dos soldados estava despreparada, desprotegida, sem condições de alimentarem-se de forma condizente com um soldado próximo à batalha.
Esse fato, longe de ser um momento de uma falha logística vem a condicionar muito dos motivos pelos quais os fatos relatados no livro, entre mortes por fome, privações como momentos de absoluta crueldade, como estaqueamentos e outras formas de punição que beiraram o absurdo absoluto.
Matar uma ovelha era motivo para que os soldados fossem colocados semi-nus no chão úmido e frio do inverno do sul o que provocou amputações e problemas de saúde que se perenizaram.
Além do mais, é de se notar que os altos mandos argentinos desprezaram os relatos dos médicos que indicavam graves casos de desnutrição o que abalou o poder combativo e, apesar do empenho das tropas foram fatores decisivos no desgaste do grosso das tropas colocadas no arquipélago.

O PÓS-GUERRA E A FALTA DE JUSTIÇA

Os que voltaram foram escondidos, realimentados para parecerem menos debilitados e são obrigados a firmar documentos que  los impedia de denunciar junto aos órgãos de justiça os abusos sofridos. Muitos calaram não apenas por conta do compromisso firmado mas também pela intensa humilhação que sofreram e do qual demoraram a se recuperar e quando o fizeram não tiveram seus reclamos não reconhecido como crimes de lesa humanidade, um debate que segue e que ainda está para serem resolvidos assim como as gestões junto aos ingleses para reconhecer os mortos ainda sem identidade conhecida.
Como se pode perceber esses assuntos que delineamos aqui e são abordados no livro e que merece uma leitura detalhada e com o interesse do conhecimento não apenas da história argentina mas de nosso continente. Uma história que nós brasileiros desconhecemos o que é lamentável. Recomendações sinceras.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Argentina: As bodegas de Mendoza - Parte 1

Leitores do "Notas da Argentina", bom dia/tarde/noite!

De volta da capital argentina, aproveito para publicar informações e curiosidades sobre alguns lugares e eventos que passamos nesses quinze maravilhosos dias. 
O destaque foi minha ida , juntamente com minha namorada Denise, à Mendoza e nas visitas às bodegas que foram quatro: Catena Zapata, Norton, Chandon e a Rutini (La Rural).
Escolhi um critério extremamente pessoal, passional e parcial, não necessariamente nessa ordem: quais foram as visitas que mais me agradaram? Onde aprendi mais? O que recomendo aos meus leitores?
Prédio Bodega Norton
Eu, como um ignorante do mundo dos vinhos tenho por prioridade não apenas provar mas conhecer processos, entender a sensibilidade que o vinho deve passar para tornar-se esse produto ainda pouco conhecido e degustado no Brasil, bem ao contrário da Argentina onde tomar um vinho é um ato de prazer, de ato normal e cotidiano o que afasta uma certa arrogância que às vezes vemos por aqui.
Agora, sem papos, vamos visitar nossa primeira bodega ,  a BODEGA NORTON.

VISITA "CRESCENDO JUNTO AO VINHO"

Fundada em 1895 por James Paul Norton, hoje a vinícola pertence ao empresário austríaco Michael Halstrick que colocou a bodega entre uma das principais da Argentina e localiza-se em Lujan de Cuyo.
Existem duas visitas possíveis , a "Visite nossa Bodega" e "Crescendo junto ao vinho" sendo que na segunda, a qual fizemos, provam-se os vinhos e também percorre-se a fábrica para conhecer o processo de fabricação.
Tanques de aço inox: o vinho começa aqui
Para mim, isso foi precioso: o nosso guia, Juan, repassou toda a área da fábrica, provamos o vinho nas diversas etapas de fabricação, com informações excepcionais acerca do cuidado requerido em cada etapa.
Acredito que esse seja o grande trunfo da visita, o que nos torna íntimos dessa bebida tão agradável. Depois de uma prova do vinho acabado (na verdade quatro vinhos), provar de um mosto que está nos tanques de aço inox nos permite sentir a "agressividade" do futuro vinho e entender todo o trabalho que vem pela frente. 
As informações seguem e também prova-se do vinho já no tonel de carvalho, ou roble como chamam os locais. 
Mais uma prova: sentem-se os sabores aflorando, tomando corpo, criando uma personalidade. As informações são passadas de forma agradável, que não "saturam" os ouvintes de forma que qualquer leigo pode compreender e notei muito a compreensão com os estrangeiros que possam não ter domínio total do idioma castellano.



CAVE: UM ESPETÁCULO À PARTE

Cave Bodega Norton
Imagine um lugar escuro mas que guarda centenas, não, milhares de garrafas de vinhos de diversas uvas, de muitos anos diferentes, guardados para desenvolver a aperfeiçoar mais e mais as qualidades de um vinho de guarda. A cave da Norton não decepciona qualquer amante de vinho e as explicações derrubaram muitos mitos que eu particularmente tinha acerca da conservação dos vinhos de guarda o que para um leigo como eu foi fundamental. Que espetáculo!

Para finalizar, trata-se de um detalhe que para o leigo pode ser negligenciado mas não pode e não deve ser deixado para lá, o "corcho" ou seja, a rolha. Normalmente feita em cortiça tem sofrido com a escassez do material que requer uma árvore de maturação longa e que tem cada vezes menos disponibilidade. Elas vem progressivamente sendo substituídas por rolhas sintéticas ou mesmo garrafas de rosca o que causa arrepios aos mais puristas mas torna-se uma realidade cada vez mais presente.
Também há o cuidado com a fabricação das garrafas dentro do princípio de uma gestão ecológica dos recursos, ponto de honra para a Norton.
Sou bastante sincero em dizer que não conhecia os produtos da Bodega Norton, não por indisponibilidade mas por puro e simples desconhecimento da excelência dos vinhos produzidos aqui. 
Pensa que a visita acabou? Tendo se iniciado de manhã, com visita e provas de vinhos? E para o estômago, não vai nada?

Carvalho francês: nobreza ao vinho


LA VID RESTAURANT

Ai, ai! Depois de todas as visitas, caminhadas, provas de vinho e compras de várias garrafas a preços muito bons, chegou a hora de almoçar no "La Vid Restaurant" anexo à bodega.
Meus deusos da gula e do prazer gastronômico!!!! Eu e Denise cometemos a ousadia de escolher uma degustação de oito passos. Fala sério, o que foi aquilo!!! Tudo muito gostoso, com porções adequadas e vinhos que estavam absolutamente harmonizados com os gostosos e variados pratos.
No entanto, reconheço, não é uma tarefa para pessoas sem muita disposição para comer. No entanto, caso você não seja tão "ninja" há muitas opções, inclusive uma degustação de cinco passos ou uma ampla carta com opções para todos os gostos.

Se fosse me pedida uma avaliação da visita, diria que a Norton compreendeu muito bem a importância de uma visita para reforço da marca. Quem sai de lá, sai com uma visão diferenciada da marca "Norton" valorizando muito os produtos aos olhos do consumidor já conquistado ou potencial, o que foi meu caso. Recomendo fortemente uma visita.
Em uma próxima oportunidade, farei algumas considerações acerca da "La Rural". Até lá!

Para conhecer o site da Bodega Norton, clique aqui.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Marchas do período peronista: Evita capitana






"Evita Capitana" é uma marcha argentina utilizada frequentemente pelo Partido Peronista Feminino durante suas atividades, reconhecida como a versão feminina da marcha "Los Muchachos Peronistas". Foi cantada pela primeira vez na província de Missiones em fevereiro de 1950, sendo que sua autoria é desconhecida tendo sido apontado o pianista Rodolfo Sciamarella como seu presumível autor. 





Nota: Nosso blogue , por ser editado por brasileiros , não apóia, respalda ou demonstra qualquer preferência por correntes políticas da Argentina. Nosso intuito é apenas mostrar a quem não conheça, fatos e  curiosidades acerca do país vizinho. Grato por sua compreensão.


Nota: nuestro blogue es publicado por brasileños. Asi, no nos compete apoyar ni demonstrar ninguna preferencia por partidos politicos en la Argentina. Nuestro objetivo es mostrar hechos y curiosidades acerca del pais vecino. Gracias por su comprensión.

A Música Popular Brasileira com toque argentino

Quando comecei esse blog, mencionei que em uma postagem iria dar um "toque" acerca da participação argentina na Música Popular Brasileira e também no Rock. Comecemos pela parte MPB.
Em 1967 a ditadura militar já grassava em terras brasileiras fazendo que por 3 anos estivéssemos com a vida cultural amordaçada e já se avizinhava os anos de absoluto chumbo, com a radicalização que se seguiria depois.
Nesse contexto, tudo o que parecia americano era rotulado como abjeto e representante dos patrocinadores de um golpe que sangrava e iria sangrar o país por 21 anos. Na música, óbvio, esse asco não poderia deixar de ser considerado apesar de terem cometido o excesso de uma "Marcha contra a guitarra elétrica", o que era justificado em um momento de resistência e de afirmação de uma alternativa brasileira e depois latino-americana.
No entanto, no 6o. Festival da Música Brasileira em 1967, um compositor e cantor baiano (santa Bahia), veio agitar com a música "Alegria, Alegria", com guitarras, orgão, bateria e contrabaixo, sim , ele Caetano Veloso que agitava a platéia como se pode ver no vídeo abaixo, extraído do  Youtube.



E aí, a Argentina e seus músicos entram na história. Ah! Cumé??? Tá louco, Zé?
Não! Se você não conhece essa história, o grupo que acompanha Caetano chama-se THE BEAT BOYS que surgiram como um grupo de Jovem Guarda no começo dos anos 60 em São Paulo e tinham como músicos o brasileiro Marcelo Frias (bateria) e os argentinos Tony Osanah (guitarra e voz), Cacho Valdez (guitarra), Toyo (órgão) e Willie Verdager (baixo). 
Nessa época eu tinha apenas 3 anos de idade mas é inacreditável como eu lembro dessa música. Além de imitar Roberto Carlos com minha guitarra de cordas de nylon, também lembro-me muito bem em ouvir "Alegria, Alegria" a companhia da Edna, a empregada lá de casa. Além dos Beat Boys, o festival foi marcado pela presença dos Mutantes e Gilberto Gil com "Domingo no Parque"
No entanto, a presença dos músicos do Beat Boys na música brasileira não se esgotou no grupo em si. Tony Osanah participou do legendário grupo "Raíces de América" que era muito conhecido por minha geração 70/80, além de tocar com expoentes como B.B. King.
Willy Verdaguer , maestro e baixista participou brilhantemente do primeiro e melhor LP dos Secos & Molhados sendo que ouvia com muita atenção quando me aventurei, ainda que brevemente, na tentativa de "domar" o contrabaixo.




Muitos outros músicos argentinos se destacara em grupos brasileiros e para minha surpresa, Norberto "Pappo" Napolitano tocou no Patrulha do Espaço e Vinícius gravou legendário LP no Café "La Fusa" em Buenos Aires. Isso é assunto para outra postagem. até lá!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Datas argentinas - 09 de julho - Independência

Hoje, nove de julho, é dia da independência na Argentina. Ao contrário do Brasil, a independência argentina foi conquistada não por um "acordo" mas através de uma guerra, fato que , curiosamente, causa surpresa aos argentinos quando descrevemos o NOSSO processo de independência.
É importante que se destaque que o Vice-Reino do Prata , donde a futura Argentina se localizava era mais ampla e envolvia os atuais Paraguai, o Alto Peru (Bolívia) e o Uruguai sendo que a administração espanhola sobre essas regiões era mais frouxa dado que não havia disponibilidade de metais preciosos, principal motivo pelo qual a metrópole dominava a parte que lhe correspondia dentro do contexto colonialista naquela época.
Houve outro fator que acabou por consolidar o movimento em direção à independência, foi uma tentativa de invasão inglesa vinda da África do Sul que pretendia tomar Buenos Aires. Organizada por nacionais, a defesa feita por exércitos vindas de Montevidéu, lideradas por Santiago de LIniers, expulsaram os invasores, vitória que se repetiu na segunda tentativa de invasão inglesa em 1807, fortalecendo o nascente movimento da independência do vice-reino.
Recentemente, no dia 25 de maio, os argentinos remoraram a Revolução de Maio, onde, em 1810, foi formada uma junta de governo em Buenos Aires, com apoio militar dos nacionais que venceram os ingleses, sendo que a principal demanda dessa junta era o governo de todas as regiões do vice-reino provocando a reafirmação da autonomia das regiões que Buenos Aires pretendia colocar sobre seu mando.
Isso provocou a separação do Paraguai dos mandos de Buenos  Aires em 1811, declarando sua independência sob a liderança de José Gaspar Rodrigues Francia. Já no Uruguai, houve uma intensa resistência apoiada por portugueses e brasileiros que desejavam anexar o atual Uruguai o que efetivamente aconteceu em 1821, transformando o país na "Província Cisplatina".
Ata da independência argentina
Mesmo dentro da futura Argentina havia distensões: outras províncias não se submeteram ao governo de Buenos Aires sendo dominadas à força mas , mesmo assim,  seguiram com a luta o que fez que com a proclamação das "Províncias Unidas do Sul" (primeira denominação do país), sendo que os "criollos" portenhos tiveram de ceder à várias demandas provinciais.
A luta pela manutenção do poder sobre a Bolívia e suas minas de prata seguiu por vários anos  e apesar da habilidade exibida por San Martín, general argentino, não foi possível manter a região sob domínio de Buenos Aires sendo que sucedeu-se a desintegração das Províncias Unidas do Sul, sendo que somente em 1863, Buenos Aires conseguiu se tornar a capital das províncias da atual Argentina.

Un gran saludo a todos los argentinos por la fecha de la independencia! 

sexta-feira, 6 de julho de 2012

O acerto de contas da Argentina com sua história

Enquanto no Brasil há uma grande discussão acerca da tal "Comissão da Verdade", na Argentina alguns dos principais perpetradores de uma das mais cruéis ditaduras do mundo, certamente a mais cruel do continente sul americano, são condenados a penas que vão de 50 a 15 anos por roubos de crianças o que significa que recém nascidos de presos políticos vivos e mortos eram entregues a pessoas geralmente do aparato repressivo sendo que, obviamente, sua identidade e história eram totalmente ocultas.
Em 28 de fevereiro de 2011 foi iniciado o julgamento dos ex-presidentes Jorge Rafael Videla e Roberto Bignone, presidentes "de facto" (ditadores) da Argentina do período militar que iniciou em 1976 e terminou em 1983 depois da Guerra das Malvinas.
A Justiça argentina caracterizou que houve um plano deliberado, planejado de fazer desaparecer sob outra identidade, os filhos das vítimas de lugares cruéis como a ESMA e outros campos de concentração argentinos.
Ontem, perante o juízo, Vidella e Bignone receberam condenações de 50 e 15 anos de detenção, respectivamente. A diferença entre uma sentença e outra deveu-se à antiguidade do exercício da presidência sob as quais ocorreram os fatos.
Isso significa que Vidella morrerá no cárcere uma vez que  conta com mais de oitenta anos e não se espera que viva 130 anos para que cumpra a sentença plenamente já tendo sido condenado a prisão perpétua anteriormente.
Esse é um fato histórico como os próprios argentinos o caracterizam e , com certeza, jamais será cumprido aqui no Brasil uma vez que os que cometeram crimes em nossa ditadura estão respaldados pela lei da Anistia e também pelo fato de que muitos deles já faleceram.
Por mais contraditório e paradoxal que possa parecer, quando a Argentina está sob um governo de tendências "monárquicas" seja um farol de exercício democrático e punição aos que cometeram crimes durante sua ditadura militar. Admirável.



A pronúncia da sentença (Fonte: Youtube)


terça-feira, 3 de julho de 2012

La Bombonera de fósforos



Com muito talento e 8.500 fósforos usados, o Sr. Carlos Alberto Loggia fez uma bela réplica de "La Bombonera". Uma verdadeira e admirável obra de arte! Vejam a riqueza de detalhes.

A foto e o fato: Los muñecos de la presidenta

Foi reportagem no "La Nación" de hoje 03 de julho de 2012:

Foto: Rodrigo Néspolo - La Nación

Para aqueles que admiram a presidenta Cristina Fernandez de Kirchner ou que desejam fazer um vodoo básico com a figura da presidenta, foram lançados "muñequitos" com a figura de Cristina, de seu marido Néstor Kirchner, Juan Domingo Perón e "Che" Guevara, todos os falecidos com suas respectivas e angélicas asas. Inclua-se no rol o "Nestornauta", personagem de Héctor Oesterheld em versão "K".
Estando em B.Aires e desejando comprar um desses mimos, você pode procurar no Museu do Bicentenário, localizado atrás da Casa de Gobierno (Casa Rosada), na seção de souvenirs.
Se não estiver na Argentina pode procurar no "Mercado Libre" sendo que o valor é de 65 pesos argentinos (algo próximo a 30 reais) que se pode pagar em suaves prestações de 8 pesos.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Museus buenoairenses: Casa Carlos Gardel


Diga, sinceramente: quem você lembra-se quase imediatamente quando se fala de Buenos Aires? Há uma grande probabilidade que recorde-se de Carlos Gardel. Mesmo tendo nascido em Tolouse, França,  o fato é que a voz marcante está diretamente ligado ao tango argentino.
 Imagine agora ir à casa onde efetivamente viveu Carlos Gardel em seus últimos anos de vida, uma casa aconchegante e onde parece que o próprio Gardel vai entrar a qualquer segundo, tornando a visita um quase ato de "voyerismo".

Diga-se, de passagem, que o passeio deve começar a interessar pelo próprio  bairro do Abasto onde localza-se o museu. Tirando o "shopping", há muitos lugares onde se pode comprar artigos de tango como os "sombreros" (chapéus), sapatos e demais elementos que o tornarão um verdadeiro "tangueiro".
Também há de se destacar a decoaração das casas e estabelecimentos comerciais dos arredores, sempre coloridos e com muitas fitas e , a que mais me agrada, uma partitura musical com a letra da canção "Tinta Roja" que tornou-se a foto favorita de minha primeira passagem por B.Aires. 
A simplicidade do museu pode chocar mas há muito material para ver, inclusive filmes que são exibidos continuamente em uma das dependências.
Também podem comprar lembranças como livros, ex-libris e outras coisas para não se esquecer desse singelo e agradável local cuja visita recomendo. Não irão se arrepender.

Para saber mais:

Site do Museu Carlos Gardel
http://museos.buenosaires.gob.ar/gardel.htm


Gardel cantando "Mi Buenos Aires Querido"

 

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Boca e Corinthians

Pensou que o Notas da Argentina ia passar imune ao choque de titãs do futebol sul americano? Difícil, muito difícil ainda mais se tratando de C.A.Boca Juniors e S.C. Corinthians Paulista.


CLUB ATLETICO BOCA JUNIORS
De um lado, uma das equipes mais prestigiosas e vencedoras de todo mundo o Club Atletico Boca Juniors do tradicionalíssimo bairro portenho de "La Boca" que busca o sexto título da Copa Libertadores de America.


A história do clube portenho e da cor da  camisa é deliciosa e merece ser transcrito como está no sítio do club na internet :


"Santiago Sana, Alfredo Scarpatti, Esteban Bagletto e os irmãos Juan e Teodoro Farenga, cinco jovens que integravam uma equipe de amigos do bairro de imigrantes italianos de La Boca chamado Independencia  Sud, decidiram construir algo mais formal que isso. No sábado 1o. de abril de 1905 reuniram-se na Plaza Solis para dar forma ao projeto e no dia seguinte fizeram outra reunião na casa de Baglietto.
As discussões sobre a cor da camise foram subindo de tom e a mãe do anfitrião que estava tomando chá com outros casais amigos pediu amavelmente que se retirassem do lugar. Os rapazes voltaram a praça localizada nas ruas Olavarría, Suaréz, Gaboto e Ministro Brin para seguir com as deliberações. Decartaram os nomes "Filhos da Itália" e Estrelas de La Boca, Santiago Pedro Sana teve a honra de denominar o novo clube que estava nascendo como Boca e juntou ao nome o Juniors com o toque inglês típico da época. No entanto, foi na terça feira, 3 de abril de 1905 quando foi designada a primeira direção na casa dos Farenga.
Nascia uma história de paixão popular poucas vezes vista que mantem-se e manter-se-à nos corações de uma legião de simpatizantes que já estão espalhados em todos os lugares do mundo".


O estádio "Alberto J. Armando" , conhecido como "La Bombonera" (caixa de bombons) localizado na Avenida Brandsen, 850, é um verdadeiro alçapão como já tivemos oportunidade de dizer e antes do Fluminense nessa Libertadores, o Paysandú de Belém do Pará era lembrado como o clube que quebrou uma sequência invicta de 40 jogos da equipe Xeneize.




S.C. CORINTHIANS PAULISTA


Tanto quanto o Boca, o S.C. Corinthians tem a torcida mais fiel e fanática do Brasil e compartilha a sua origem operária, humilde e popular. 
No dia 1o. de setembro de 1910, cinco operários, Joaquim Ambrósio, Carlos da Sila, Rafael Perrone, Antonio Pereira e Anselmo Correia, após assistir um jogo do Corinthians Casuals da Inglaterra (time amador que ainda existe) decidiram fundar o "Sport Club Corinthians Paulista" e o primeiro presidente, o alfaiate Miguel Battaglia, declarou : " O Corinthians vai ser o time do povo e o povo é quem vai fazer o time".
Da primeira coleta à compra da primeira bola de futebol do clube pouco tempo passou. Na verdade, apenas uma semana. Um terreno alugado na Rua José Paulino foi aplainado e virou campo e foi lá que, já no dia 14 de setembro, o primeiro treino foi realizado diante de uma plateia entusiasmadaque garantiu: "este veio para ficar". De partida em partida o time foi se tornando famoso, mas era ainda um time de várzea. No ano de 1913, o Corinthians pleiteou uma vaga junto à Liga Paulista de Futebol e foi aceito, tornando-se assim o quarto dos chamados "três mosqueteiros" (os outros eram Americano, Germânia e Internacional), daí a origem do mascote corinthiano. Grandes craques passaram pelo Corinthians em sua história centenária. Nomes como Neco, Luizinho, Cláudio, Baltazar, Gilmar, Rivellino, Sócrates, Biro-Biro, Ronaldo, Neto, Marcelinho Carioca, Dida, entre outros, são lembrados até hoje e tidos com muito carinho pela Fiel Torcida.


Portanto, queridos leitores, o meu coração corinthiano hoje está ansioso, apertado mas feliz em ver meu clube jogando em um estádio que me encantou quando o visitei. É algo que sugiro ao turista amante do futebol visitar e fazer compras na lojinha do "Museo de La Pasión Boquense". 
Da minha parte, em agosto de 2011 estive na Bombonera e tirei uma foto que pode ser profética. Só desejo que tudo transcorra na maior tranquilidade apesar do clima de confronto que está acontecendo hoje , 27 de junho, na capital argentina, na Plaza de Mayo.
No entanto essa é outra história. Que o futebol triunfe (e o Timão também..hohoho)


Site dos clubes:


Boca Juniors: http://www.bocajuniors.com.ar


Corinthians: http://www.corinthians.com.br


Foto profética na Bombonera? Começamos a ver hoje





quinta-feira, 21 de junho de 2012

Equipes argentinas - Los Pumas - Rugby


O time sul americano de maior projeção mundial no cenário do Rugby. Participa regularmente dos Mundiais da modalidade com grande destaque.


terça-feira, 19 de junho de 2012

Onde comer em Buenos Aires: fora do circuito - Costumbres Criollas

Existe um circuito de gastronomia que está em todos os guias e em todos os lugares elegantes de B. Aires. No entanto, no elegante bairro do Retiro, próximo ao Supermercado Disco da Rua Esmeralda, praticamente na esquina da Avenida del Libertador, você encontrará uma lojinha , um restaurante, chamado "Costumbres Criollas", um lugar onde se pode desfrutar da chamada "cocina criolla" , ou seja, a cozinha local, do lugar, mais especificamente da Província de Tucuman, no norte argentino, com destaque para as famosas "empanadas".
Quem como eu viveu o verdadeiro "boom" das empanadas nos anos 80, no meu caso consumidas avidamente no Instituto de Psicologia da USP junto à prodigiosas quantidades de Cerveja Serramalte (sim, vendia-se cerveja na USP) e não esqueceu dos famoso prato argentino, ficará satisfeito, aliás, muuuuuuito satisfeito com as deliciosas empanadas do "Costumbres". 
Uma massa gostosa, crocante , bem recheada e sobretudo muito barata ( 5,50 - 6,50 pesos preços de maio de 2012) que pode ser consumida tanto no local com generosas doses de Quilmes como pode ser levada para casa ou ainda entregue via "delivery".
Porém as empanadas não são o único prato que encanta quem gosta ou vai gostar de comida "norteña": o tamao é uma das coisas mais deliciosas que comi e para nós brasileiros parece uma pamonha com um delicioso recheio salgado que serve praticamente como uma refeição e não é algo demasiado pesado.
Se vier para Buenos Aires e estiver pelos lados do Retiro, uma visita  a esse acolhedor local de comida boa, farta e de boa qualidade. É mais um passeio que nos permite conhecer coisas sobre a cultura argentina que extrapola o habitual, conhecido e já muito explorado por nossa imprensa quando indica lugares de comer. Sugestões sinceras!

domingo, 17 de junho de 2012

Dia de los padres en Argentina

Hoy, 17 de junio es dia de los padre en Argentina.



 Un saludo a todos los padres de todo el mundo.
Jamais seran olvidados!
Gracias por todo!





quarta-feira, 13 de junho de 2012

Como falam os argentinos

Dustin Luke é um americano (yanqui - pronuncia-se "janqui") que fez um vídeo simplesmente delicioso sobre a forma que os argentinos falam o castellano , com as diferenças que todo idioma tem quando é trazido a um país pelo colonizador.Nesse caso específico, as expressões que são usadas no vídeo referem-se ao buenoairense (porteño). 
Virou uma verdadeira febre e temos o prazer de compartilhar com todos. 
A página de Dustin Luke no Facebook pode ser acessada clicando aqui.



Blues Argentino: Memphis la blusera


sábado, 2 de junho de 2012

Sites argentinos de interesse: Ana Ricci

Imagine um site que agrega algo que sempre está na "pauta" de viajantes e locais e qualquer canto do mundo: boa comida e boa bebida; também adicione à essa receita, doses generosas de informação da melhor qualidade sobre tudo que cerca o mundo da produção de vinhos, gastronomia na Argentina e em todo mundo além de eventos sobre esses dois maravilhosos mundos: se tudo isso agrada a você, seja bem vindo ao site de Ana Ricci, da "sommelier", mestra em marketing enogastronômico e gestão comercial.

Ana Ricci: um site elegante e informativo para quem gosta de enologiae gastronomia

O site é gostoso não apenas no visual mas no conteúdo. A informação, apesar de especializada é de leitura agradável e fácil mesmo ao não iniciado, com uma interessantíssima seção de entrevistas, lançamentos abordando não apenas vinhos argentinos como de outros países.
Não vou entrar mais detalhes para não perder o gosto da exploração desse site de visita agradável e informativa. Não percam a oportunidade.

Para acessar, clique na legenda embaixo da imagem.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Notícias argentinas: Mulheres no comando!

Não seria nenhuma novidade se falássemos de Cristina Fernadez de Kirchner, presidenta da nação. No entanto, nesse caso, trata-se da tripulação da Austral, empresa regional da Aerolineas Argentinas que realizou seu primeiro vôo com uma tripulação exclusivamente feminina,no vôo 2454  para Salta.
Compunham a tripulação a comandante Ana Maluff, copiloto Nuria Estévez, chefe das comissárias Ana María Sabijak e comissárias Mariana Burguete e Florencia Bringas Agherreberi. Abaixo, uma foto da equipe que fez história na companhia estatal da Argentina.


quarta-feira, 30 de maio de 2012

Se você pensa que porque está em Buenos Aires vai perder as festas juninas, está enganado!!!


E tem direito à forró! 

Las fiestas juninas son fiestas tipicas de Brasil debido a la influencia da Iglesia Católica. Los festejos que ocurren en el noreste Brasileiro son famosos y la musica tipica es el "forró", mundialmente conocido.
En mi ciudad el 13 de junio , dia de San Antonio, es la fiesta del patrono de ciudad que ocurre en la plaza cercana de la Iglesia central.


terça-feira, 29 de maio de 2012

Messi : assim que tudo começou...


Um interessante vídeo do começo da vida desportiva de Lionel Messi. Quando chamam o jogador argentino de "Pulga" logo se vê o porquê. Vejam o número 10 de azul! O gol que faz já mostra que genialidade vem desde cedo.




sábado, 26 de maio de 2012

Fútbol Argentino: Pura passión!

Não precisa escolher muito, pode ser o Boca Juniors, o River Plate, o Velez Sarsfield, Rosário Central, Argentino Juniors seja qual clube seja, o jogo de um clube brasileiro contra um argentino significa uma partida dura, "pegada", com muita raça e empenho por vencer, tanto de um lado como de outro.
Achava-me um "hincha (1) " fanático, membro de uma "hinchada (2)" que não tem à toa o nome de "Fiel" , um louco de um bando sem igual no mundo. Tudo bem, sou isso mas encontrei um país onde o fanatismo e a torcida por seu clube chegam às raias da loucura absoluta.
Outra coisa: se você acha que Galvão Bueno é o cúmulo do absurdo em termos de uma narração passional com o Flamengo dele, você não sabe (ou ouviu) da missa um terço.
Quer um exemplo? Nesta quarta-feira, dia 23, aconteceu um jogo entre Boca Juniors e Fluminense, cujo placar de 1 x 1 decretou a classificação do esquadrão Xeneize  (3) para a semi-final da Copa Libertadores de América. Pois bem, o narrador Walter Saavedra cometeu a narração que parece um discurso de político inaugurando obras sociais, exaltando o time dos humildes, dos que comem pão duro e tomam mate, dos que passam frio e andam pelo barro e por aí vai. Duvida? Pode ouvir aqui e confira.
Ser passional é uma característica do argentino, não apenas do portenho e no futebol é que isso se evidencia mais fortemente  e não apenas de modo positivo (como não acontece também no Brasil) através das chamadas "barra(4)  bravas" que vem provocando distúrbios que redundaram em morte sendo que têm uma grande participação na vida do clube a que torcem.
Na Capital Federal, existem , se não estou equivocado, seis clubes: Argentinos Juniors, All Boys, Boca Juniors, San Lorenzo, Velez Sarsfield e River Plate. Pelo que você vê, é bom manter até numa lista o Boca Juniors e o River Plate separados tanta que é a rivalidade.

OS TEMPLOS DO FUTEBOL ARGENTINO

Monumental de Nuñez
Inegavelmente, existem dois estádios que resumem muito da paixão futebolística: o Estádio Alberto J. Armando, conhecido como "La Bombonera" no bairro de La Boca, Avenida Brandsen e o Estádio Monumental Antonio Vespucio Liberti que apesar de ser chamado "Monumental de Nuñez" , situa-se no bairro buenoairense de Belgrano, respectivamente a casa do Club Altletico Boca Juniors e  do Club Atletico River Plate.
Apenas vi o Monumental do avião que estava logo ao lado da asa direita do Airbus das Aerolineas Argentinas que desceu no Aeroparque Jorge Newberry (Aeropoarque) quase no centro da capital argentina, um  estádio grande que visitarei para comprar umas lembranças do grande algoz corinthiano quando ganhou em São Paulo, em pleno Pacaembu.

Bombonera
No curto tempo que estive em Buenos Aires, dediquei uma manhã para ir até a Avenida Brandsen visitar La Bombonera que tem esse nome por conta de um jornalista que ouviu o  engenheiro responsável pelo projeto do estádio dizer que uma caixa de bombons que ganhara de presente era muito parecida com o estado que projetara.
É impressionande que apesar de conseguir ter públicos significativos, parece um estádio pequeno e o espectador localizado na parte central da arquibancada, consegue, com não tento esforço, bater sobre a cobertura do banco de reservas.
O gramado, perfeito, deve ser uma intimidante inspiração a todos que jogam contra o esquadrão da "remera(5)"  azul e amarela.
Aliás, se você quiser comprar uma camiseta, flâmulas e outros produtos licenciados, podem comprar na loja do "Museo de la Passión Boquense" , localizado no próprio prédio do estádio e poderá também fazer uma visita guiada por lugares nos quais nem sempre se tem acesso como sala de imprensa, vestiários entre outros.


É POSSÍVEL FAZER UMA RELAÇÃO ENTRE ALGUM CLUBE PAULISTANOS E BUENOAIRENSE?

Na minha visão sim. Sempre atribuímos a questão de maior proeminência social e localização priveligiada do estádio, além de sua origem social, ao São Paulo Futebol Clube que poderia ser comparado ao River Plate.

Já o S.C. Corithians, por sua origem operária, em um bairro menos priveligiado e que tem grande torcida popular pode ser comparado ao Boca Juniors que nasceu no bairro operário de La Boca (onde localiza-se) e foi fundado por operários, assim como o Timão.

Futebol no Brasil e na Argentina são mais do que apenas mais um esporte. É a expressão mais intensa de paixão. Só nos resta combater a violência crescente que já toma conta desse esporte em ambos os países.


GLOSSÁRIO FUTEBOLÍSTICO

(1)  Hincha - Torcedor
(2)  Hinchada - Torcida
(3)  Xeneize - Genovês, origem dos fundadores do Boca Juniors
(4)  Barra - Turma. Barra bravas são torcidas violentas.
(5)  Remera - Camiseta.

SITE DOS CLUBES

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