segunda-feira, 30 de julho de 2012

Desculpem a falta de postagens mas estou...

na Argentina!!!

Em agosto voltamos com muitas  novidades e informações! Até lá!

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Marchas do período peronista: Evita capitana






"Evita Capitana" é uma marcha argentina utilizada frequentemente pelo Partido Peronista Feminino durante suas atividades, reconhecida como a versão feminina da marcha "Los Muchachos Peronistas". Foi cantada pela primeira vez na província de Missiones em fevereiro de 1950, sendo que sua autoria é desconhecida tendo sido apontado o pianista Rodolfo Sciamarella como seu presumível autor. 





Nota: Nosso blogue , por ser editado por brasileiros , não apóia, respalda ou demonstra qualquer preferência por correntes políticas da Argentina. Nosso intuito é apenas mostrar a quem não conheça, fatos e  curiosidades acerca do país vizinho. Grato por sua compreensão.


Nota: nuestro blogue es publicado por brasileños. Asi, no nos compete apoyar ni demonstrar ninguna preferencia por partidos politicos en la Argentina. Nuestro objetivo es mostrar hechos y curiosidades acerca del pais vecino. Gracias por su comprensión.

A Música Popular Brasileira com toque argentino

Quando comecei esse blog, mencionei que em uma postagem iria dar um "toque" acerca da participação argentina na Música Popular Brasileira e também no Rock. Comecemos pela parte MPB.
Em 1967 a ditadura militar já grassava em terras brasileiras fazendo que por 3 anos estivéssemos com a vida cultural amordaçada e já se avizinhava os anos de absoluto chumbo, com a radicalização que se seguiria depois.
Nesse contexto, tudo o que parecia americano era rotulado como abjeto e representante dos patrocinadores de um golpe que sangrava e iria sangrar o país por 21 anos. Na música, óbvio, esse asco não poderia deixar de ser considerado apesar de terem cometido o excesso de uma "Marcha contra a guitarra elétrica", o que era justificado em um momento de resistência e de afirmação de uma alternativa brasileira e depois latino-americana.
No entanto, no 6o. Festival da Música Brasileira em 1967, um compositor e cantor baiano (santa Bahia), veio agitar com a música "Alegria, Alegria", com guitarras, orgão, bateria e contrabaixo, sim , ele Caetano Veloso que agitava a platéia como se pode ver no vídeo abaixo, extraído do  Youtube.



E aí, a Argentina e seus músicos entram na história. Ah! Cumé??? Tá louco, Zé?
Não! Se você não conhece essa história, o grupo que acompanha Caetano chama-se THE BEAT BOYS que surgiram como um grupo de Jovem Guarda no começo dos anos 60 em São Paulo e tinham como músicos o brasileiro Marcelo Frias (bateria) e os argentinos Tony Osanah (guitarra e voz), Cacho Valdez (guitarra), Toyo (órgão) e Willie Verdager (baixo). 
Nessa época eu tinha apenas 3 anos de idade mas é inacreditável como eu lembro dessa música. Além de imitar Roberto Carlos com minha guitarra de cordas de nylon, também lembro-me muito bem em ouvir "Alegria, Alegria" a companhia da Edna, a empregada lá de casa. Além dos Beat Boys, o festival foi marcado pela presença dos Mutantes e Gilberto Gil com "Domingo no Parque"
No entanto, a presença dos músicos do Beat Boys na música brasileira não se esgotou no grupo em si. Tony Osanah participou do legendário grupo "Raíces de América" que era muito conhecido por minha geração 70/80, além de tocar com expoentes como B.B. King.
Willy Verdaguer , maestro e baixista participou brilhantemente do primeiro e melhor LP dos Secos & Molhados sendo que ouvia com muita atenção quando me aventurei, ainda que brevemente, na tentativa de "domar" o contrabaixo.




Muitos outros músicos argentinos se destacara em grupos brasileiros e para minha surpresa, Norberto "Pappo" Napolitano tocou no Patrulha do Espaço e Vinícius gravou legendário LP no Café "La Fusa" em Buenos Aires. Isso é assunto para outra postagem. até lá!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Datas argentinas - 09 de julho - Independência

Hoje, nove de julho, é dia da independência na Argentina. Ao contrário do Brasil, a independência argentina foi conquistada não por um "acordo" mas através de uma guerra, fato que , curiosamente, causa surpresa aos argentinos quando descrevemos o NOSSO processo de independência.
É importante que se destaque que o Vice-Reino do Prata , donde a futura Argentina se localizava era mais ampla e envolvia os atuais Paraguai, o Alto Peru (Bolívia) e o Uruguai sendo que a administração espanhola sobre essas regiões era mais frouxa dado que não havia disponibilidade de metais preciosos, principal motivo pelo qual a metrópole dominava a parte que lhe correspondia dentro do contexto colonialista naquela época.
Houve outro fator que acabou por consolidar o movimento em direção à independência, foi uma tentativa de invasão inglesa vinda da África do Sul que pretendia tomar Buenos Aires. Organizada por nacionais, a defesa feita por exércitos vindas de Montevidéu, lideradas por Santiago de LIniers, expulsaram os invasores, vitória que se repetiu na segunda tentativa de invasão inglesa em 1807, fortalecendo o nascente movimento da independência do vice-reino.
Recentemente, no dia 25 de maio, os argentinos remoraram a Revolução de Maio, onde, em 1810, foi formada uma junta de governo em Buenos Aires, com apoio militar dos nacionais que venceram os ingleses, sendo que a principal demanda dessa junta era o governo de todas as regiões do vice-reino provocando a reafirmação da autonomia das regiões que Buenos Aires pretendia colocar sobre seu mando.
Isso provocou a separação do Paraguai dos mandos de Buenos  Aires em 1811, declarando sua independência sob a liderança de José Gaspar Rodrigues Francia. Já no Uruguai, houve uma intensa resistência apoiada por portugueses e brasileiros que desejavam anexar o atual Uruguai o que efetivamente aconteceu em 1821, transformando o país na "Província Cisplatina".
Ata da independência argentina
Mesmo dentro da futura Argentina havia distensões: outras províncias não se submeteram ao governo de Buenos Aires sendo dominadas à força mas , mesmo assim,  seguiram com a luta o que fez que com a proclamação das "Províncias Unidas do Sul" (primeira denominação do país), sendo que os "criollos" portenhos tiveram de ceder à várias demandas provinciais.
A luta pela manutenção do poder sobre a Bolívia e suas minas de prata seguiu por vários anos  e apesar da habilidade exibida por San Martín, general argentino, não foi possível manter a região sob domínio de Buenos Aires sendo que sucedeu-se a desintegração das Províncias Unidas do Sul, sendo que somente em 1863, Buenos Aires conseguiu se tornar a capital das províncias da atual Argentina.

Un gran saludo a todos los argentinos por la fecha de la independencia! 

sexta-feira, 6 de julho de 2012

O acerto de contas da Argentina com sua história

Enquanto no Brasil há uma grande discussão acerca da tal "Comissão da Verdade", na Argentina alguns dos principais perpetradores de uma das mais cruéis ditaduras do mundo, certamente a mais cruel do continente sul americano, são condenados a penas que vão de 50 a 15 anos por roubos de crianças o que significa que recém nascidos de presos políticos vivos e mortos eram entregues a pessoas geralmente do aparato repressivo sendo que, obviamente, sua identidade e história eram totalmente ocultas.
Em 28 de fevereiro de 2011 foi iniciado o julgamento dos ex-presidentes Jorge Rafael Videla e Roberto Bignone, presidentes "de facto" (ditadores) da Argentina do período militar que iniciou em 1976 e terminou em 1983 depois da Guerra das Malvinas.
A Justiça argentina caracterizou que houve um plano deliberado, planejado de fazer desaparecer sob outra identidade, os filhos das vítimas de lugares cruéis como a ESMA e outros campos de concentração argentinos.
Ontem, perante o juízo, Vidella e Bignone receberam condenações de 50 e 15 anos de detenção, respectivamente. A diferença entre uma sentença e outra deveu-se à antiguidade do exercício da presidência sob as quais ocorreram os fatos.
Isso significa que Vidella morrerá no cárcere uma vez que  conta com mais de oitenta anos e não se espera que viva 130 anos para que cumpra a sentença plenamente já tendo sido condenado a prisão perpétua anteriormente.
Esse é um fato histórico como os próprios argentinos o caracterizam e , com certeza, jamais será cumprido aqui no Brasil uma vez que os que cometeram crimes em nossa ditadura estão respaldados pela lei da Anistia e também pelo fato de que muitos deles já faleceram.
Por mais contraditório e paradoxal que possa parecer, quando a Argentina está sob um governo de tendências "monárquicas" seja um farol de exercício democrático e punição aos que cometeram crimes durante sua ditadura militar. Admirável.



A pronúncia da sentença (Fonte: Youtube)


terça-feira, 3 de julho de 2012

La Bombonera de fósforos



Com muito talento e 8.500 fósforos usados, o Sr. Carlos Alberto Loggia fez uma bela réplica de "La Bombonera". Uma verdadeira e admirável obra de arte! Vejam a riqueza de detalhes.

A foto e o fato: Los muñecos de la presidenta

Foi reportagem no "La Nación" de hoje 03 de julho de 2012:

Foto: Rodrigo Néspolo - La Nación

Para aqueles que admiram a presidenta Cristina Fernandez de Kirchner ou que desejam fazer um vodoo básico com a figura da presidenta, foram lançados "muñequitos" com a figura de Cristina, de seu marido Néstor Kirchner, Juan Domingo Perón e "Che" Guevara, todos os falecidos com suas respectivas e angélicas asas. Inclua-se no rol o "Nestornauta", personagem de Héctor Oesterheld em versão "K".
Estando em B.Aires e desejando comprar um desses mimos, você pode procurar no Museu do Bicentenário, localizado atrás da Casa de Gobierno (Casa Rosada), na seção de souvenirs.
Se não estiver na Argentina pode procurar no "Mercado Libre" sendo que o valor é de 65 pesos argentinos (algo próximo a 30 reais) que se pode pagar em suaves prestações de 8 pesos.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Museus buenoairenses: Casa Carlos Gardel


Diga, sinceramente: quem você lembra-se quase imediatamente quando se fala de Buenos Aires? Há uma grande probabilidade que recorde-se de Carlos Gardel. Mesmo tendo nascido em Tolouse, França,  o fato é que a voz marcante está diretamente ligado ao tango argentino.
 Imagine agora ir à casa onde efetivamente viveu Carlos Gardel em seus últimos anos de vida, uma casa aconchegante e onde parece que o próprio Gardel vai entrar a qualquer segundo, tornando a visita um quase ato de "voyerismo".

Diga-se, de passagem, que o passeio deve começar a interessar pelo próprio  bairro do Abasto onde localza-se o museu. Tirando o "shopping", há muitos lugares onde se pode comprar artigos de tango como os "sombreros" (chapéus), sapatos e demais elementos que o tornarão um verdadeiro "tangueiro".
Também há de se destacar a decoaração das casas e estabelecimentos comerciais dos arredores, sempre coloridos e com muitas fitas e , a que mais me agrada, uma partitura musical com a letra da canção "Tinta Roja" que tornou-se a foto favorita de minha primeira passagem por B.Aires. 
A simplicidade do museu pode chocar mas há muito material para ver, inclusive filmes que são exibidos continuamente em uma das dependências.
Também podem comprar lembranças como livros, ex-libris e outras coisas para não se esquecer desse singelo e agradável local cuja visita recomendo. Não irão se arrepender.

Para saber mais:

Site do Museu Carlos Gardel
http://museos.buenosaires.gob.ar/gardel.htm


Gardel cantando "Mi Buenos Aires Querido"